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1 ago

1° de Agosto: Dia da Pachamama e da Sobrecarga do Planeta – Infeliz Coincidência?

Adentramos o mês de agosto com uma notícia muito triste para o planeta. Esse ano, o Dia da Sobrecarga da Terra chegou mais cedo. E numa triste e irônica coincidência, chegou no mesmo dia em que os povos andinos celebram o Dia da Pachamama ou dia da Mãe Terra, 1° de agosto.
O que isso quer dizer? Que a partir do dia 1° de agosto passamos a operar “no vermelho”. Estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta de produzir recursos naturais e matéria-prima para a produção de bens de consumo.

Em 2018 essa conta chegou mais cedo. E quem apresenta a conta é a Global Footprint Network, uma organização de pesquisa que mede a pegada ecológica das atividades humanas no mundo. Segundo o CEO da organização,Mathis Wackernagel, é como se a humanidade realizasse uma operação fraudulenta de investimento. “Nossas economias estão realizando um esquema Ponzi com nosso planeta. Ou seja, usamos os recursos futuros da Terra para operar no presente e nos aprofundar na dívida ecológica.É hora de acabar com esse esquema e alavancar nossa criatividade para criar um futuro próspero, livre de combustíveis fósseis e sem destruição planetária.”

E como podemos fazer isso? O Instituto Akatu (ONG que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente), listou algumas atitudes simples que podem ser facilmente incorporadas no seu dia a dia e vão ajudar o planeta a diminuir essa dívida ecológica:

 

•NA COZINHA
 Antes das compras no mercado, prepare uma lista. Planeje o cardápio semanal. Liste os ingredientes necessários para produzir esses pratos, verifique o que você já tem em casa e compre a quantidade necessária para o preparo.

Organize, sempre que possível, a geladeira e a despensa, de forma que os alimentos e mantimentos fiquem visíveis. Coloque na frente ou em cima os mais antigos e atrás ou embaixo os mais recentes.

Utilize os alimentos integralmente: ou seja, inclua sementes, talos, folhas e cascas nas receitas. Essas partes podem ser nutritivas e ricas em fibras.

Use os alimentos “feiozinhos” – frutas, legumes e verduras um pouco machucados ou com formato diferente do usual são tão nutritivos quanto os demais.

Dê preferência a frutas, verduras e legumes da época. Eles são produzidos em condições climáticas “ideais” para o seu crescimento, o que reduz a necessidade de aplicação de agroquímicos, por isso, muitas vezes, menos impactantes para a saúde dos solos e dos recursos hídricos, por exemplo.

Reduza o consumo de carnes vermelhas, nem que seja por um dia na semana. Todo o processo de produção de carne emite muitos gases de efeito estufa (GEE). A abertura de áreas para pasto é um dos motivos para desmatamento e a destruição das matas nativas é uma das maiores fontes de emissão de GEE no Brasil. Além disso, o gado emite gás metano, um GEE produzido na sua digestão, que tem forte participação nas emissões brasileiras.

Evite abrir a porta da geladeira à toa, pois o ar quente entra e o motor do equipamento é obrigado a gastar mais energia para resfriá-la novamente. Na hora de colocar ou retirar os alimentos, faça tudo de uma só vez. E não guarde alimentos e recipientes quentes na geladeira, pois isso aumenta o consumo de energia.

Ao comprar um eletrodoméstico, procure o selo Procel ou etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que indicam os mais econômicos.

 

•NA SALA E NO QUARTO

Substitua as lâmpadas incandescentes e fluorescentes por lâmpadas de LED. Uma LED dura em média 16 anos, 5 vezes mais que uma lâmpada fluorescente compacta. Apesar de ser mais cara, a LED dura muito mais e consome metade da energia.

Não deixe a TV ligada à toa. Se todos os brasileiros desligarem uma TV 1 hora por semana, a eletricidade economizada em 1 mês seria suficiente para abastecer o consumo de energia mensal das cidades de Votuporanga e Registro (SP), com seus quase 150 mil habitantes.

Ao sair de um ambiente, não se esqueça de apagar a luz. É importante ressaltar que esta prática vai além da economia de energia, pois também aumenta a vida útil das lâmpadas.

Aproveite a luz natural do dia. Para clarear a casa, abra as janelas e aproveite a luz do dia o máximo que puder.

Desligue o computador quando ele não estiver em uso. Muita gente tem o hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, simplesmente, por comodidade. A recomendação é desligar o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilização. O monitor deve ser desligado a partir de 15 minutos sem utilizar.

 

•QUARTO

Administre bem o seu guarda-roupa: organize-o bem para saber quais peças você tem. Se ficarem entulhadas e “escondidas”, acabam por não ser usadas. Analise as peças com frequência, selecionando aquelas que você não quer mais – troque, doe ou venda!

 

•NO BANHEIRO

Desligue o chuveiro enquanto se ensaboa ou lava os cabelos. Numa casa, os banhos com chuveiro elétrico são um dos maiores gastos com energia elétrica. Um chuveiro gasta a mesma energia que 54 TVs ligadas ao mesmo tempo. Se cada um dos brasileiros diminuísse em apenas 1 minuto o seu tempo diário de banho no chuveiro elétrico, a energia economizada em um ano equivaleria a mais de 10 dias de operação da usina de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do Brasil, em sua geração máxima.

 

•ÁREA DE SERVIÇO

Acumule o máximo de peças possível para usar a máquina de lavar. Isso ajuda a economizar energia e água.

Se possível, pendure em cabides as camisetas, camisas e blusas penduradas para que elas sequem e desamassem naturalmente. Dependendo do tipo de tecido, a peça pode até dispensar o ferro de passar e ir direto ao guarda-roupa.

Para passar roupas, junte também o máximo de peças para passar de uma só vez. Antes de ligar o ferro, separe as roupas por tipo de tecido – alguns exigem temperatura mais alta, outros exigem temperatura mais baixa. Comece com as roupas que exigem temperatura mais baixa, depois aumente a temperatura e passe as roupas de algodão. Desligue o ferro e aproveite o calor para passar roupas íntimas.

 

•NA GARAGEM

Sempre que possível, evite o uso do transporte privado individual. Prefira o transporte público, a bicicleta ou uma caminhada, pelo menos em alguns trechos; se precisar mesmo pegar o carro, procure coordenar caminhos para dar ou pegar carona e otimizar o uso do veículo.

A mudança de comportamento da sua família pode parecer pouco significativa diante do tamanho do problema, mas é importante que você perceba que, além de fazer diferença, ela será um exemplo influenciador para o resto da comunidade. Para a situação mudar, é preciso que as pessoas estejam envolvidas. Converse com seus familiares, vizinhos e conhecidos, para que eles se mobilizem também, de forma que possamos reduzir a sobrecarga da Terra.

Nós aqui no sítio Bacarirá já tomamos a maioria dessas medidas, e mesmo assim ainda não é suficiente.

Mas acreditamos que juntos, podemos mudar a data do pagamento dessa conta.
E você, o que está fazendo HOJE para diminuir seu impacto no planeta?

 

 

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